Livros publicados

por João Werner

Ensaios sobre arte e estética

Este pequeno livro reúne 17 ensaios sobre diversos temas relacionados às artes plásticas e à estética.

Os 15 primeiros ensaios problematizam alguns dos conceitos fundamentais da arte contemporânea, tais como a abstração, a relação entre a arte e a técnica ou a manifestação do conceito na produção artística. Sua linguagem leve e a abordagem acessível devem-se a que estes ensaios tenham sido publicados em jornal, originalmente.

Os dois últimos ensaios fazem uma breve análise da história da cultura. O penúltimo ensaio é uma análise sobre a Modernidade e a sua assunção estética. O último ensaio, por outro lado, dialoga com a simbologia de nossa própria época, por alguns denominada de Pós-Moderna.

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1ª Edição, 2016

ISBN: 9788562680021

Número de páginas: 74

Versão impressa à venda no Clube de Autores.

Ensaios publicados

O emocional na arte

O espaço e a representação na história da arte

A apreciação e o objeto artístico

A arte e o abstracionismo

A estética do irregular

A relação entre arte e técnica

Crítica ao Neoexpressionismo

A arte conceitual

O admirável e o estético

O trauma moderno da História

Pompier contemporâneo

Valores artísticos e comerciais

A interpretação de Leonardo

Van Gogh e o signo da contrariedade

A estética de Max Bense

Algumas relações estéticas da Modernidade

Simbologia da cultura do século XX

Dois trechos selecionados

TRECHO 1: "A emoção, contemporaneamente, está associada ao novo, à moda. O novo, filho da indústria, reveste-se da estética para agradar, para tornar-se objeto de desejo. Superficialmente admirável, o novo cria a esfera da experiência que sempre está mais além. "O choque perceptivo que, em princípio do século, era o mote estético das vanguardas artísticas, foi absorvido pela indústria do novo e, desde então, tem sido tão conjugado pela publicidade que chega, hoje, quase à anestesia. A emoção ofertada pela publicidade é imediata, passageira porque necessita ser descartável, intensa porque competitiva. "Se apreender a arte é obter dela um lampejo emocional, de acordo com a visão do senso comum, como compatibilizar Rembrandt com refrigerante, Grünewald com o último tipo de automóvel?."

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TRECHO 2: "Um exemplo desta distinção entre as categorias estéticas abstrativa e naturalista é possível encontrar em Walter Benjamim. Quando o autor descreve, em um de seus livros, os dois tipos básicos de narrador, quais sejam, o camponês e o marinheiro, temos uma analogia com as duas categorias estéticas principais. "O camponês, cuja vida transcorreu totalmente em um mesmo local, conhece deste local toda a sua história. Viu as crianças crescerem, viu as boas e as más colheitas, viu os que se foram. Tem, com esse local, uma identidade completa. A proximidade dele com os fatos faz com que sua narração transmita suas tradições, seus costumes. A experiência deste narrador, transmitida por suas estórias, é de natureza empática, insere-se na categoria estética do naturalismo. "O marinheiro, ao contrário, tem sua vida transcorrendo em muitos locais diferentes. Sua narratividade traz aos ouvintes os fatos distantes não no tempo, como o camponês mas, sim, distantes no espaço. Sua experiência não é contígua, unitária, mas é a articulação de múltiplas vivências. A narração do marinheiro funda-se sobre a possibilidade de transcendência dos fatos isolados. Sua narração é um exemplo de narratividade abstrata."

A figura na Comunicação Visual

Este livro é um manual escrito por alguém com mais de 30 anos de experiência na comunicação através das imagens. Além de artista profissional, por dez anos fui professor universitário nos cursos de Publicidade e de Arquitetura.

O conteúdo deste livro é uma síntese da literatura escrita sobre o tema da comunicação visual, mas com uma linguagem acessível e não técnica.

É um manual de referência rápida mas é, também, um livro que procurou compreender o contexto filosófico e cultural onde a comunicação visual ocorre. Sendo assim, preocupa-se em explicar como a mensagem visual pode ser eficaz, especialmente como um apoio para a venda.

Sua maior vantagem é o grande volume de ilustrações explicativas. Todos os conceitos são explicados de modo direto, visualmente. Não há conceito visual tratado aqui que não tenha sido explicado também de modo visual.

Creio que estou entregando aos leitores um livro instigante para a criatividade e de leitura agradável e informativa.

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Livro no formato Kindle à venda na Amazon.

Páginas selecionadas do livro

Fortuna crítica de João Werner

Reportagens e publicações acerca da minha arte: 1984 - 2015

Neste livro estão reunidas, em ordem cronológica, 65 reproduções de jornais e revistas, com publicações de reportagens sobre a minha arte. A mais antiga destas publicações é de 1984. A mais recente, de 2015.

Este recorte diacrônico apresenta minha trajetória criativa, especialmente acerca de obras que fiz num passado mais distante, algumas das quais já não mais existem, infelizmente.

Faço, aqui, um agradecimento especial a todos os editores e jornalistas cuja atenção profissional para com a minha arte honrou-me durante todos estes anos.

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Edição: (1) (2017)

ISBN: 978-85-919150-7-1

Número de páginas: 67

À venda no Clube de Autores.

Esculturas & relevos

Este pequeno livro reúne a parte hardware de meu trabalho artístico.

Leonardo da Vinci escreveu sobre as muitas diferenças entre a criação da pintura e a criação da escultura. A primeira, segundo ele, é criação mental de cavalheiros, produzida em ambientes sofisticados, onde se conversa, se ouve música e se bebe vinho. A escultura, ao contrário, é a arte bruta e física do suor derramado, dos barulhos ensurdecedores e do cansaço do corpo.

Na criação destas esculturas que apresento neste livro, fui pedreiro, marceneiro, serralheiro e engenheiro. Não "terceirizei" tais artesanias porque acho que são as artesananias, especificamente, a verdadeira alma da escultura.

A conhecida fórmula dos 2:1 na confecção da massa de cimento ou o sutil contato do eletrodo com a superfície a ser soldada, por exemplo, são a causa formal das esculturas mas não são claramente registradas nas fotografias do objeto artístico pronto. Sendo essenciais e insubstituíveis, quero lembrá-las e honrá-las aqui, bem como a todos os seus praticantes.

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Edição: (1) (2016)

ISBN: 978-85-919150-4-0

Número de páginas: 44

Livro impresso à venda no Clube de Autores.

A Terra e o trabalho com a Terra

Pinturas sobre a vida campesina

O tema rural de minhas pinturas deriva de minhas lembranças da infância. Não que, necessariamente, eu tenha vivido cada cena que ilustro, mas o convívio com a Terra deixou marcas indeléveis em minha imaginação.

Em meu trabalho artístico, a dualidade que vislumbro não é a que se põe entre o campo e a cidade, mas, sim, a que há entre a Terra e o Céu. Sinto a Terra plena de vida e de desejo de viver, multiplicando-se erótica e fartamente.

Acho que a energia telúrica daqui é incontornável e determinante. O Brasil é um grande útero, uma cornucópia, um grande Nilo, uma das antigas Deusas pagãs da fertilidade.

Plasticamente, a Terra me dá uma infinita riqueza e profusão de cores e de texturas. É possível e comum encontrarem-se contrastes dramáticos entre um verde claro na vegetação e um vermelho sangue de minha terra natal. Ou, entre o laranja queimado dos trigais maduros e o azul profundo e luminoso de um céu cristalino.

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Edição: (1) (2016)

ISBN: 978-85-919150-1-9

Número de páginas: 46

Livro impresso à venda no Clube de Autores.

Mesa de bar

Pinturas sobre a cidade e a vida urbana

Embora meus quadros pareçam dizer o contrário, não faço arte de denúncia social.

Defino minhas pinturas como o resultado da imaginação comovida, isto é, como o fruto da atenção emocionalmente tingida pelo drama humano, pela pobreza, pelo trabalho e pela diversão barata.

Cada uma de minhas pinturas retrata uma estória não escrita, porque história de anônimos.

Os doces sem embalagem expostos nos balcões da vendinha da esquina. O forró à luz das lâmpadas de 60 watts. O calendário de mulher pelada, amarelado pelo tempo, pendurado em algum boteco às 18:00.

Quem olha pra isso? Pra que olhar pra isso?

Um cachorro preto perambula entre os barracos de minha pintura "Favela". Não há comida para ele ali, entre os famintos. Mesmo assim, que diferença faz?

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Edição: (1) (2016)

ISBN: 978-85-919150-2-6

Número de páginas: 46

Livro impresso à venda no Clube de Autores.

Motel barato

Nudismo, erotismo e outras sacanagens

Quando olhei o conjunto destas minhas gravuras pornográficas lado a lado, percebi que, só em um daqueles moteizinhos fuleiros que frequentava na juventude, poderia expor minha fauna erótica.

Lembrei-me dos ambientes kitsch, cheios de coraçõezinhos cor-de-rosa, cupidos encardidos, frases de efeito e juras de amor eterno, sussurradas entre manchas invisíveis de fluídos corporais alheios, espalhadas pelo piso, paredes e lençóis. É o cenário perfeito/perverso para estas minhas gravuras feitas em Flash, um software de que gosto muito porque me permite o uso de uma linguagem plástica grosseira e agressiva, “binário-expressionista”.

Meu "pincel" no Flash tem a riqueza gestual que dá pra obter de uma lâmina de faca, com pinceladas variando apenas em espessura e cores chapadas variando apenas em transparência. Não há modulação nem sutilezas, só toscas marcas cromáticas espalhadas pelo piso, paredes, lençóis e corpos. Um arremedo de Impressionismo, feito com cacos de vidro. Mais metaforicamente apropriado, impossível.

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Edição: (1) (2016)

ISBN: 978-85-919150-3-3

Número de páginas: 44

Livro impresso à venda no Clube de Autores.

Et in Arcadia ego

Sátiros, Ninfas e bacanais

É incrível observar, ainda hoje, a rejeição que o Sátiro consente por, há mais ou menos uns 1500 anos atrás, ter sido associado pelo cristianismo à figura do Demônio. Tornou-se um exilado cultural. De uma figura mitológica amante do vinho e do sexo, tornou-se a imagem do Mal na Terra.

Como a WikiPedia informa, "Et in Arcadia Ego" é uma frase latina que aparece em dois quadros de Poussin. Com um significado intencionalmente ambíguo, pode ser traduzida como "Sou (estive) na Grécia".

À parte o erudito debate estético que no brilhante verbete da Wikipedia pode-se ler, com este meu livro interessa-me retratar o personagem mítico culturalmente alijado, exilado de seu meio e, ao qual, e à sua revelia, outros significados culturais foram agregados, negativos pela ótica do mainstream cultural.

Chama a minha atenção artística por ser uma bela metáfora trágica. Ao Sátiro só haverá redenção cultural quando ostentar, explicitamente, aquela marca negativa que lhe foi impressa, a satânica.

Interessa-me, também, expressar uma imagem da cultura grega mais vital, mais colorida e simbolicamente mais caótica e agressiva do que a antisséptica exegese cristã nos legou.

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Edição: (1) (2016)

ISBN: 978-85-919150-5-7

Número de páginas: 50

Livro impresso à venda no Clube de Autores.

Bad love

O amor em tempos de vícios e indulgências

Não há tráfico de óleo de fígado de bacalhau porque óleo de fígado de bacalhau, embora saudável, tem péssimo gosto.

Só há vício naquilo que, sendo ou não proibido, é gostável.

Por isso, como bem sabe todo viciado, nenhuma droga é uma droga, e não há campanha de boas intenções que prove o contrário.

Depois de ouvir o canto da sereia, só resta mergulhar atrás do objeto do seu desejo.

Por que você acha que sabe como os outros devem morrer? Ou gastar o tempo? Ou o dinheiro?

Que culpa tem alguém de amar o que não lhe ama?

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Edição: (1) (2017)

ISBN: 9788591915064

Número de páginas: 42

Livro impresso à venda no Clube de Autores.

Amor, Nudismo & Sacanagem

Desenhos eróticos

O desenho com o lápis de grafite é uma das expressões artísticas mais descompromissadas que há.

É considerado, perante as técnicas mais "nobres" da pintura a óleo ou da escultura em bronze, por exemplo, como algo subalterno, algo apenas prévio, um esboço para algo "maior" no porvir estético. Exatamente por isso, o seu uso expressivo reveste-se de uma grande espontaneidade e lirismo.

Ele é o confidente íntimo do artista, o amigo certo das horas de indecisão ou de experimentalismos na linguagem. Com o grafite em mãos, não se teme os becos sem saída da composição ou as diatribes da imaginação.

Neste pequeno livro, reúno algumas dezenas de desenhos a lápis, todos de temática erótica e afetiva. Provavelmente, nenhum deles nunca verá a luz da arte sob uma técnica mais imponente.

Mesmo assim, com toda a sua simplicidade, espero que o leitor encontre neles o mesmo deleite estético que eu tive ao criá-los.

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Edição: (1) (2020)

Número de páginas: 35

Livro impresso à venda no Clube de Autores.